O fundo da Gaveta

25 setembro 2006

Pedaço # 016

Por vezes, quando não consigo dormir e apenas o vazio da ausência me aconchega, há breves momentos em que esqueço o meu nome. E é tão triste: fico congelada, a contemplar o vazio, o escuro, o medo; quase consigo ouvir o ruído monótono do cérebro a trabalhar, esforçando-se, tentando; demora apenas uns segundos, breves e monótonos; depois, de repente, lembro-me, o nome regressa, toma posse de mim. E ainda é mais triste: que fazer com ele?