Há uma musiquinha que veio parar cá a casa chamada “All the way to china”, de James Figurine (também conhecido por Dntel ou The Postal Service), com voz do Erlend Oye. Electrónica suave, muito anos 80, leve e nostálgica. Tenho-a ouvido vezes sem conta: e de cada vez a sensação desconfortável de que há ali qualquer coisa de muito familiar. Então, dei por mim a desconfiar que o que me faz sentir bem nem é tanto a música em si mas o que ela me faz recordar, o que ela evoca. Saudades de algo; mas de quê?
Custou mas cheguei lá. “All the way to china” é muito semelhante à Extended remix de “But not tonight” que aparece no “Black celebration” dos Depeche Mode. Comprei este álbum por volta de 1989 (foi lançado em 1986), ainda antes de “Violator” se ter tornado o disco da minha vida. E ouvi o “But not tonight” centenas de vezes, sempre no walkman, nas mais variadas situações, nos mais variados locais.
Agora, ando por aí de mp3 no bolso, a ouvir “All the way to china” até à exaustão: porque me recorda o que eu era há vinte anos. Ouço, vez após vez: e sinto saudades quase dolorosas desse tempo em que ouvia o “But not tonight” e imaginava como seria o futuro, onde estaria daí a vinte anos.
Bom: estou aqui. O futuro é isto.
(Ora foda-se.)
Custou mas cheguei lá. “All the way to china” é muito semelhante à Extended remix de “But not tonight” que aparece no “Black celebration” dos Depeche Mode. Comprei este álbum por volta de 1989 (foi lançado em 1986), ainda antes de “Violator” se ter tornado o disco da minha vida. E ouvi o “But not tonight” centenas de vezes, sempre no walkman, nas mais variadas situações, nos mais variados locais.
Agora, ando por aí de mp3 no bolso, a ouvir “All the way to china” até à exaustão: porque me recorda o que eu era há vinte anos. Ouço, vez após vez: e sinto saudades quase dolorosas desse tempo em que ouvia o “But not tonight” e imaginava como seria o futuro, onde estaria daí a vinte anos.
Bom: estou aqui. O futuro é isto.
(Ora foda-se.)